quarta-feira, 4 de março de 2009

AS IMPLICAÇÕES DO NASCIMENTO DOS FILHOS NA DINÂMICA DA FAMILIA E DO CASAL

O nascimento de um filho provoca alterações na vida familiar, uma vez que esta necessita de se adaptar à nova organização – num primeiro filho deixa de ser composta apenas pelo subsistema conjugal e passa a ser composta pelos subsistemas conjugal, parental e filial (Tammentie et al, 2004).
O conceito da palavra família tem variado ao longo dos tempos, sofrendo alterações significativas e relacionando-se com as culturas. Apesar destas modificações a família contínua a ser a base principal para o crescimento e desenvolvimento da criança, independentemente da estrutura, poder económico e dimensão que ela possa adquirir, influenciando assim o seu comportamento, a aquisição de valores e experiências. Nesta perspectiva faz sentido falar da estrutura familiar antes da concepção, e principalmente após o nascimento do bebé, para os pais se aperceberem da importância que têm no recém-nascido já que a família é o seu universo. Com a família, este novo ser irá aprender os aspectos básicos das relações humanas; conhecer os momentos negativos e os momentos positivos da vida; encontrar estímulos e forças para enfrentar as situações novas e difíceis; moldar o seu comportamento, o que se repercute na forma de encarar a vida no futuro (Bobak, Jensen e Lowdermilk, 1999).
O nascimento de um filho, particularmente, no caso de ser o primeiro, implica grandes mudanças e tem um enorme impacto na vida pessoal e familiar das mulheres e dos homens. Apesar de um bebé ser desejado e esperado, a sua vinda acciona um processo irreversível, que modifica decisivamente a identidade, papéis e funções dos pais e de toda a família (Colman e Colman, 1994; Relvas, 1996). Os equilíbrios anteriores modificam-se radicalmente, exigindo um processo de mudança e um tempo de reajustamento, durante o qual o recém-nascido toma o seu espaço e se redefinem as relações entre os restantes membros (Ball, 1994). O desempenho dos novos papéis frente à parentalidade exige a adaptação ao novo ser, ao filho que nasceu, conciliando a criança real com aquela fantasiada, sonhada, durante todo o período gestacional.
Com o nascimento de um filho repensa-se os valores, as prioridades, põe-se em causa as certezas, revê-se a forma de ser e de estar, resultando na co-construção dos pais. Não são apenas os filhos que crescem: os pais também (Canavarro, 2001; Colman e Colman, 1994).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A integração da parentalidade no projecto de vida

O nascimento de um filho é considerado um momento do ciclo de vida com algumas implicações para o ajustamento psicológico das pessoas e do casal. Implica um conjunto de reorganizações a nível dos papéis que os membros do casal desempenham, muitas vezes gerador de perturbação. Esta perturbação ocorre a nível individual, tanto nos pais como nas mães apesar da adaptação de cada um ser distinta. Sabe-se que ambos experimentam mudanças em termos emocionais e funcionais, apesar da forma como essas mudanças entre eles ocorrem serem diferente entre eles (Jordan, 1997). Apesar desta adaptação ser individual ela depende do contexto em que o individuo se insere, as relações que cada indivíduo estabelece e os vários papeis que desempenha, indo influenciar na forma como a adaptação irá decorrer (Idem).
Tanto o homem como a mulher iniciam a sua trapnsição para a parentalidade como entes separados e distintos, com diferentes percursos individuais mas com um mesmo fim em vista, a formação de uma família. Daí que o homem e a mulher com diferentes características biológicas de personalidade, com distintas atitudes, prioridades e formas diferentes de gerir os seus vários papeis sociais, perspectivem este momento de transição de forma distinta (Ramos, 2006).
A transição para a parentalidade tem início com o desejo e a decisão de ter filhos ou com uma gravidez inesperada e não-interrompida, prolongando-se até a construção de uma relação triádica e tendo sua intensidade máxima nos primeiros meses após o nascimento do bebé (Cerveny e Berthoud, 2002 apud Wendt, 2006).
O homem que quer tornar-se pai evoca “o desejo de ser completo; o desejo de realização de ideais e oportunidades perdidas; o desejo de igualar-se ao próprio pai ou mesmo superá-lo, ao desempenhar melhor o papel parental; ou o desejo de responder a dúvidas sobre a sua masculinidade e duplicá-la” (Gomez, 2005, p.268). Os pais esperam que a criança seja um pouco eles próprios com as suas semelhanças, maneiras de agir ou de comportar, “eternizando-os na história da humanidade e oferecendo-lhes narcisismo e sentimentos todos- poderosos” (Bayle, 2005, p.323).
Muitas mulheres sempre desejaram um bebé e ansiaram por serem mães. Este desejo inicia-se muito cedo na vida de cada mulher, nas memorias que ela tem de ser cuidada quando criança (Bobak, Jensen e Lowdermilk, 1999). A percepção do seu grupo social sobre o desempenho feminino pode influenciar o seu projecto de vida. A maternidade pode ser encarada como um dos aspectos mais importantes no seu projecto de vida, relegada ou adiada para segundo plano em detrimento de uma carreira profissional (Monteiro, 2005).
Cada vez mais, o projecto de vida pessoal e do casal passa por um adiamento da maternidade (Almeida et al, 2005). Este adiamento da maternidade reflecte as mudanças que se têm verificado no ciclo de vida do casal, nomeadamente quanto à participação no sistema de educação e formação, à inserção no mercado do trabalho, à entrada na conjugalidade, à formação da própria família e, consequentemente, à entrada na parentalidade (INE, 2007).
Ser pai/mãe representa ser agente de continuidade, ser capaz de assegurar a descontinuidade, os limites e as diferenças entre gerações. É o transmitir heranças genéticas, valores, costumes e significados em intimidade e aceitando as diferenças (Canavarro, 2001). Este processo está associado ao conceito de maturidade, como refere Noam apud Canavarro (2001, p.18) que é definido como “capacidade de percepcionar a realidade de forma complexa e multifacetada e integrar ideias que parecem contraditórias”.
A maternidade/paternidade transcende em tudo a mera gravidez, assume-se como sendo um projecto de longo prazo (no mínimo dezoito anos), envolvendo a suficiente prestação de cuidados e dádiva de amor que possibilitem um desenvolvimento sadio e harmonioso à criança. Desta forma, distancia em quase tudo do acontecimento biológico que é a gravidez, exigindo iniciativas, actuações, responsabilizações. Requer que, mais do que se deseje ter um filho se deseje ser mãe/pai (Canavarro, 2001; Leal, 2005).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Homeopatia na Gravidez e no Nascimento em Aveiro





Os medicamentos químicos são, na sua maioria, nocivos para o bebé e o seu uso durante a gravidez deve ser apenas em casos extremos de urgências. Entretanto existe muita informação acerca da utilização da Homeopatia durante a gravidez, sobretudo na internet. É mais fácil chegar à informação em inglês através do Google e homeopathy pregnancy birth. A homeopatia contem apenas uma essência, aura ou memória de uma substância. Esta memória provoca uma reacção física ou emocional do corpo do paciente sem deixar resíduos químicos. Existem vários homeopatas na zona de Aveiro. As farmácias que conheço são: Farmácia Moderna, Praça Marques Pombal, Aveiro; Farmácia Matos, Ouça; Farmácia Giro, Vagueira. Estas farmácias podem indicar o consultório homeopata mais próximo.




Existem kits próprios para a gravidez e o nascimento.








Cá está um livro muito prático sobre os cuidados naturais durante a gravidez que inclui a homeopatia mas também outros métodos naturais. Este livro é bastante fácil de encontrar nas livrarias. Às vezes tem outra capa.



Se tiverem alguma pergunta podem publicá-la aqui ou contactar-nos. Jason

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A terapia através da Arte durante a gravidez



Um exemplo de uma imagem acerca da gravidez, orgasmo e nascimento. Tudo é ying e yang, noite e dia, terra e mar, corpo e alma etc. Esta imagem é um exemplo da força que uma mulher grávida possa sentir dentro dela própria.

Utilizamos vários tipos de arte para exprimir os sentimentos tais como força, medo, raiva, tristeza etc. para que os pais possam aceitar e integrar as suas emoções e utilizá-las de uma maneira positiva como grande recurso da vida.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Parto orgástico - orgasmic birth


No dia 30 de Janeiro, dia da Não-violência e da Paz, vai ser apresentado o filme ORGASMIC BIRTH (Parto orgástico) em Aveiro, Coimbra, Porto e Lisboa.


O filme é um documentário que foca nesta maravilha íntima da natureza (o parto) e no seu papel poderoso que tem na vida das mulheres aquando lhes é permitido viver a experiência na sua plenitude. Este documentário convida o espectador a questionar tudo que pensa sobre o acto de dar a luz e o seu potencial.


Para mais informação contacta o Jason ou vá a www.orgasmicbirth.com